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Um comissário de bordo é um profissional responsável pela segurança e conforto dos passageiros em voos comerciais. Ele executa procedimentos de emergência, fornece informações sobre o voo e cuida das necessidades dos passageiros.
Ele que, durante um voo, orienta os passageiros sobre os procedimentos de segurança e serve alimentos e bebidas.
Desde o momento do embarque até o desembarque, o comissário de bordo está sempre lá, pronto para atender a qualquer necessidade, garantindo que a viagem seja segura e agradável.
Neste artigo, você irá descobrir como o que é necessário para atuar nessa área, além do salário e benefícios de seguir a profissão.
O que faz um comissário de bordo?
As atribuições do comissário de bordo estão previstas na regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e incluem:
- Execução de procedimentos de emergência
- Demonstração do uso de equipamentos de segurança
- Verificação do cumprimento das normas a bordo
- Prestação de primeiros socorros
- Participação das inspeções pré-voo
- Auxílio no embarque e desembarque
- Comunicação com os passageiros em situações operacionais
- Suporte à tripulação técnica conforme as diretrizes da empresa aérea
A atuação do comissário é regulamentada pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 121 e pelo Código Brasileiro de Aeronáutica.
Como é o trabalho do comissário de bordo?
O trabalho do comissário de bordo é exercido em regime de escala, conforme determina a legislação aeronáutica brasileira.
De acordo com o documento que regulamenta a profissão, o comissário está sujeito a jornadas variáveis, incluindo madrugadas, finais de semana e feriados, com períodos de sobreaviso e reserva.
Além disso, a rotina envolve constantes deslocamentos, mudanças de fuso horário e adaptações a diferentes condições climáticas e culturais.
Durante as jornadas de trabalho, a atuação desse profissional ocorre na cabine de passageiros, antes, durante e após os voos, com foco na segurança operacional e na conformidade com os procedimentos estabelecidos pela companhia aérea e pela ANAC.
Antes do embarque, participa de briefings com a tripulação para revisar rotas, condições meteorológicas e procedimentos específicos. Durante o voo, monitora o cumprimento das normas de segurança, acompanha o uso do cinto de segurança, supervisiona o funcionamento dos equipamentos da cabine e mantém comunicação constante com a tripulação técnica.
Em situações de emergência, o comissário é o responsável por coordenar a evacuação, administrar os equipamentos de segurança e seguir os protocolos de atendimento aos passageiros.
Também faz parte do seu escopo de trabalho o manejo de situações adversas, como turbulência, atendimento a passageiros com necessidades específicas ou problemas de comportamento a bordo.
Depois da aterrissagem, o comissário realiza verificações finais na cabine, registra ocorrências em relatórios e participa de reuniões técnicas, quando necessário.
[LEAD_COLLECTOR_INSIDE_CONTENT_SECTION]Como se tornar um comissário de bordo?
Após compreender a essência da profissão de comissário de bordo, surge a pergunta: como iniciar essa carreira? Esse é um processo que envolve passos específicos, a começar pelas qualificações educacionais, seguidas por treinamentos rigorosos e certificações.
A seguir, vamos detalhar cada uma das etapas.
Formação educacional
Primeiramente, é importante notar que não é obrigatório ter um diploma de ensino superior para se tornar um comissário de bordo. No entanto, um curso de formação especializado de escolas de aviação é fundamental.
Este curso foca em aspectos cruciais da aviação, como segurança, primeiros socorros, e procedimentos de emergência. Para isso, é preciso ter ao menos 18 anos, ter concluído o Ensino Médio e saber nadar.
Ao completar este curso, o candidato recebe um certificado que comprova suas habilidades e conhecimentos na área.
[OFFER_RECOMMENDATION]Treinamento prático e teórico
Além da formação teórica, os comissários de bordo passam por treinamentos práticos intensos que incluem simulações de voo, manejo de equipamentos de emergência, e práticas de atendimento ao cliente.
Essas sessões práticas são vitais, pois preparam o comissário para lidar com diversas situações em voo, desde atendimento de passageiros até emergências aéreas.
Exame teórico da ANAC e Certificado Médico Aeronáutico
Um marco importante na jornada para se tornar um comissário de bordo é o exame teórico da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que avalia o conhecimento do candidato em todos os aspectos relevantes para a função. Além disso, o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) é essencial. Este documento assegura que o comissário está em condições físicas e mentais adequadas para exercer suas responsabilidades a bordo.
Cada um desses passos é fundamental na preparação para uma carreira como comissário de bordo. Eles garantem que os profissionais não apenas compreendam seus deveres, mas também estejam prontos para executá-los com eficiência e segurança. Ao seguir todas as etapas, os aspirantes a comissários de bordo se equipam com as ferramentas necessárias para uma carreira bem-sucedida e gratificante nos céus.
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Mercado de trabalho para comissários de bordo
O mercado de trabalho para comissários de bordo é amplo e variado, abrangendo companhias aéreas comerciais, voos privados e até serviços em jatinhos e helicópteros.
A demanda é global, oferecendo oportunidades de trabalho em diferentes partes do mundo. Com o crescimento contínuo da indústria da aviação, a necessidade de profissionais qualificados e dedicados é constante.
Para se destacar nesse mercado, um currículo bem elaborado é fundamental. Aqui estão algumas dicas para montar um:
- Destaque sua formação e certificações: certifique-se de incluir detalhes sobre sua formação em comissário de bordo, bem como quaisquer certificações relevantes, como o Certificado Médico Aeronáutico (CMA);
- Experiência prática e idiomas: se tiver experiência prática, mesmo que seja em estágios ou treinamentos, inclua-a. Além disso, a fluência em idiomas, principalmente em inglês, é uma grande vantagem no setor da aviação;
- Habilidades pessoais e profissionais: realce habilidades como boa comunicação, capacidade de trabalhar em equipe e flexibilidade de horários. ;
- Customize seu currículo para a vaga: ao se candidatar a diferentes empresas, ajuste seu currículo para ressaltar as habilidades e experiências que são mais relevantes para cada uma delas.
Como funcionam os processos seletivos para comissário de bordo?
O processo seletivo para comissário de bordo varia conforme a política interna de cada companhia aérea, mas geralmente segue um conjunto de etapas padronizadas com base em critérios técnicos, comportamentais e de aptidão física.
As etapas do processo seletivo costumam incluir análise de currículo, testes de proficiência em idiomas (geralmente inglês), dinâmicas em grupo para avaliar competências comportamentais, entrevistas individuais e avaliações físicas ou de aptidão, conforme os critérios da empresa. Em alguns casos, há ainda testes psicológicos e exames médicos complementares.
Os candidatos aprovados em todas as fases passam por um curso de integração e treinamento específico da companhia aérea, com foco nos procedimentos operacionais e na cultura organizacional.
Esse treinamento é obrigatório mesmo para quem já possui a formação homologada e deve ser validado junto à ANAC, de acordo com os requisitos de qualificação contínua estabelecidos na regulamentação da profissão. Somente após a conclusão desse processo, o profissional é considerado apto para atuar nos voos comerciais da empresa contratante.
Onde o comissário de bordo pode trabalhar?
O comissário de bordo pode trabalhar em empresas de transporte aéreo regular ou não regular, nacionais e internacionais, conforme definido pela ANAC, no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil.
Esse profissional atua principalmente em companhias aéreas comerciais, que operam voos de passageiros, mas também pode ser contratado por empresas de aviação executiva, táxi-aéreo e companhias de fretamento.
Além disso, há oportunidades em aeronaves privadas ou governamentais, desde que cumpridos os requisitos legais de licenciamento e certificação exigidos pela ANAC.
A base de trabalho pode variar de acordo com o aeroporto de operação principal da companhia aérea, o que exige disponibilidade para transferências ou escalas em diferentes localidades.
Salários e benefícios para comissários de bordo
Entender o potencial de ganhos e os benefícios associados é um aspecto crucial para aqueles que consideram uma carreira como comissário de bordo. Nesta seção, vamos abordar o salário médio, variações regionais e outros benefícios que acompanham esta profissão.
Os profissionais podem esperar uma remuneração variável, dependendo da companhia aérea, da região e da experiência individual. De acordo com dados recentes, o salário médio de um comissário de bordo no Brasil gira em torno de R$ 2.657,71, com variações dependendo do estado e da especialidade.
Comparação de salários por especialidade
Ao considerar diferentes especialidades dentro da carreira de comissário de bordo, observa-se variações salariais. Por exemplo, comissários que se especializam em voos internacionais ou que possuem habilidades em idiomas adicionais podem ter um potencial de ganho maior.
Além disso, comissários com responsabilidades adicionais, como os chefes de cabine, também podem receber salários mais altos devido às suas responsabilidades ampliadas.
Além do salário, os comissários de bordo frequentemente desfrutam de uma série de benefícios, incluindo, mas não se limitando a:
- Viagens gratuitas ou com desconto para si e para os familiares;
- Seguros de saúde e de vida;
- Flexibilidade de horários, permitindo um equilíbrio entre vida profissional e pessoal;
- Oportunidades de conhecer novos lugares e culturas em escalas internacionais.
É importante lembrar que esses benefícios podem variar significativamente de uma companhia aérea para outra. Portanto, é essencial que os profissionais pesquisem e considerem esses aspectos ao escolher um empregador.
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Desafios e recompensas da carreira
A carreira de comissário de bordo é marcada por uma série de desafios e recompensas, tornando-a única e atraente para muitos.
Um dos maiores desafios enfrentados é a necessidade de adaptabilidade a horários variados. A natureza da profissão envolve voos em diferentes fusos horários, trabalhos em fins de semana e feriados, e a necessidade de estar pronto para imprevistos. Essa irregularidade nos horários pode ser exigente, especialmente quando se trata de equilibrar a vida profissional com a pessoal.
Além disso, os comissários de bordo frequentemente lidam com situações desafiadoras a bordo, como gerenciar conflitos entre passageiros, atender a emergências médicas e garantir a segurança de todos durante o voo. Essas responsabilidades exigem não apenas treinamento técnico, mas também habilidades interpessoais e de resolução de problemas.
Por outro lado, a carreira de comissário de bordo oferece recompensas inigualáveis. A oportunidade de viajar e explorar novos destinos é uma das mais atraentes. Comissários de bordo têm a chance de conhecer diferentes culturas, cidades e paisagens, tornando cada jornada de trabalho uma aventura em si.
Outra recompensa significativa é a satisfação de garantir a segurança e o conforto dos passageiros. Muitos profissionais encontram grande realização em proporcionar uma experiência de voo agradável e segura, recebendo gratidão e apreciação dos passageiros.
Além disso, a carreira oferece o desenvolvimento contínuo de habilidades interpessoais e profissionais, como comunicação, trabalho em equipe e gestão de crises. Essas competências são valiosas e transferíveis para muitas outras áreas da vida e da carreira.
Mudanças recentes na regulamentação para comissários de bordo
Um aspecto vital para qualquer comissário de bordo é estar atualizado com as regulamentações da aviação civil, que podem sofrer alterações ao longo do tempo. Recentemente, houve mudanças significativas que impactam diretamente os comissários de bordo.
Em 1º de janeiro de 2024, entrou em vigor o novo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Esse regulamento substituiu o antigo, com o objetivo de simplificar o processo de obtenção da licença de comissário de voo e alinhar as normas brasileiras às práticas internacionais recomendadas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)
Veja quais foram as principais alterações introduzidas pela norma:
- Eliminação da obrigatoriedade de curso homologado: Não é mais necessário realizar um curso específico de comissário de voo em escola homologada pela ANAC para obter a licença;
- Dispensa do exame teórico da ANAC: A realização do exame teórico (banca) da ANAC deixou de ser um requisito obrigatório para a concessão da licença;
- Redução da carga horária de experiência operacional: A exigência de horas de voo em operações em rota foi reduzida de 14 para 5 horas, sob supervisão de um instrutor;
- Extinção da validade da habilitação: A habilitação do comissário de voo não possui mais uma data de validade fixa. Sua vigência está agora condicionada à realização de treinamentos periódicos, aprovação em exames de competência, validade do Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e experiência recente.
Essas mudanças visam eliminar barreiras desnecessárias à entrada de novos profissionais na aviação civil, reduzir custos e manter os padrões de segurança operacional.
Estima-se que as alterações possam gerar uma economia de aproximadamente R$ 88 milhões para o setor aéreo brasileiro ao longo de cinco anos.
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