Sejam ou não atletas profissionais, os praticantes de esportes utilizam seu organismo de forma mais intensa do que as pessoas que não praticam atividades físicas regularmente. Por isso é comum precisarem de fisioterapeutas.
O fisioterapeuta desportivo acompanha o trabalho de atletas profissionais e amadores, trabalhando com a prevenção e a reabilitação de lesões e outros traumas que possam surgir em decorrência do exercício.
Neste artigo você vai conhecer melhor essa profissão, saber o que faz e onde pode atuar um fisioterapeuta desportivo. Vamos contar também a média salarial e onde estudar para chegar lá!
O que é Fisioterapia Desportiva?
A Fisioterapia Desportiva ? ou Esportiva ? é uma especialidade da Fisioterapia que trata dos esportistas que sofreram alguma lesão. Trabalha também para prevenir que essas lesões ou traumatismos aconteçam.
Essa especialização é importante porque o corpo de um atleta ? profissional ou amador ? é diferente do de uma pessoa sedentária, exigindo cuidados bastante específicos. O fisioterapeuta esportivo deve conhecer a fundo, além da anatomia, a fisiologia aplicada às lesões que surgem em cada esporte ? em geral originadas pela repetição exaustiva de movimentos.
Nos últimos anos a fisioterapia desportiva vem ganhando cada vez mais importância, trabalhando lado a lado com a medicina esportiva. É praticamente impossível imaginar atletas ou times inteiros que não contem em seus quadros com a figura do fisioterapeuta desportivo. É comum, inclusive, vermos a imprensa citar o nome e a importância do fisioterapeuta esportivo que cuida de determinada estrela do futebol, por exemplo. É um profissional que está intimamente ligado ao bom funcionamento de todo o mundo do esporte.
No âmbito do esporte profissional, o fisioterapeuta esportivo tem um desafio extra: trabalhar pressionado pelo tempo, sempre de olho no calendário, já que os atletas necessitam continuar com seu ritmo de treinos após terem sofrido uma lesão. Assim, o treinador, os colegas de equipe, os fãs e muitas vezes a imprensa ? isso sem falar no próprio atleta ? esperam ansiosos pelo resultado do tratamento fisioterápico e o aval do profissional afirmando que o atleta já está recuperado e apto a voltar às suas atividades normais.
Dentro da Fisioterapia Desportiva, e de acordo com o rumo que toma sua carreira, é comum o profissional especializar-se em determinada modalidade, como o atletismo, a natação ou a ginástica artística. Cada uma dessas categorias tem suas características próprias, de acordo com as partes do corpo mais forçadas pelos atletas. No vôlei e no futebol, por exemplo, são bastante comuns os problemas de joelho. Já no tênis, a sobrecarga nas costas e nos quadris costuma provocar muitas lesões, enquanto no basquete muitas vezes é o tornozelo que sofre mais.
Entre as lesões mais observadas decorrentes da prática esportiva, podemos enumerar fraturas, luxações, entorses, distensões, cãibras e tendinites.
Para a reabilitação do paciente, a Fisioterapia Esportiva dispõe de um bom arsenal de recursos, como:
- Eletroterapia
- Cinesioterapia
- Terapia manual
- Treino funcional
- Massoterapia
- Estabilização segmentar
- Musculação
- Pilates
De todo modo, o fisioterapeuta desportivo trabalha, antes de tudo, para prevenir traumatismos, poupando os atletas das lesões e aumentando suas possibilidades de praticar esporte por mais tempo de um modo saudável.
Qual o salário de um fisioterapeuta desportivo?
Segundo o site de empregos Catho, um fisioterapeuta desportivo que acaba de sair da faculdade pode receber um salário de R$ 1.773. Isso é uma média brasileira, que apresentará variação de acordo com a região do país. Nas capitais do Sudeste a tendência é que o salário seja mais alto do que em cidades menores das regiões Norte ou Centro-Oeste, por exemplo.
Outra variação ocorre de acordo com a empresa ou clube para o qual o profissional trabalha. Em uma empresa de grande porte, segundo o Site Nacional de Empregos (SINE), esse mesmo fisioterapeuta esportivo recém-formado pode receber até R$ 2.800. E, conforme a experiência aumenta, os ganhos também se elevam. Um profissional sênior ? com mais de oito anos no mercado ? recebe cerca de R$ 6 mil.
Como se tornar um fisioterapeuta desportivo
O início da carreira de um fisioterapeuta desportivo, obviamente, é fazer o curso superior de Fisioterapia. E há muitas opções ? mais de 400 registrados no Brasil, em universidades públicas ou privadas, em cursos presenciais e também na modalidade a distância. Fisioterapia é um curso de bacharelado que dura entre 4 e 5 anos.
Durante a faculdade, o futuro fisioterapeuta verá matérias como:
- Anatomia
- Fisiologia
- Microbiologia
- Bioquímica
- Imunologia
- Cinesioterapia
- Ortopedia
- Patologia
- Saúde e Cidadania
- Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde
- Noções de Estatística
No final da graduação, passará por estágios supervisionados obrigatórios, que podem ser realizados em clínicas de Fisioterapia, consultórios ou hospitais que tenham convênio com o curso. Assim o aluno tem a chance de praticar tudo o que aprendeu durante a faculdade. Segundo o Ministério da Educação (MEC), os estágios devem equivaler a pelo menos 20% da carga horária total do curso.
Depois de graduado, é a hora de se inscrever no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) da sua região. Ter o registro no CREFITO é imprescindível para exercer a profissão no Brasil. Além do diploma, basta apresentar outros documentos pessoais, sem a necessidade de prestar nenhum tipo de prova ou exame. Certamente, durante a faculdade você ouvirá falar muito sobre o CREFITO e já terá a informação sobre qual região lhe corresponde.
O caminho de estudos continua para quem pretende se tornar um fisioterapeuta desportivo. Depois da faculdade e dos estágios, o recomendável fazer um curso de pós-graduação para ? agora sim ? direcionar sua carreira e aprofundar seus conhecimentos em Fisioterapia Desportiva.
Uma boa especialização vai demandar pelo menos outros dois anos. Durante esse período, procure conjugar os estudos com a participação frequente em eventos da área, como palestras, workshops e congressos. Tudo isso vai incrementar o seu currículo e facilitar sua colocação no mercado de trabalho.
Além disso, há a prova aplicada COFFITO, chamada Exame Nacional para Concessão de Título de Especialista Profissional. O Exame é realizado uma vez ao ano em todas as capitais do Brasil.
Onde estudar Fisioterapia
A oferta de cursos superiores de Fisioterapia é ampla no Brasil. Mas antes de se decidir por esse ou aquele, é interessante fazer um investigação prévia a respeito da reputação do curso e da instituição que o oferece.
Faça uma visita à faculdade para ver com seus próprios olhos como é o edifício, o ambiente e a infraestrutura. Além disso, sempre que possível tente conversar com alunos, ex-alunos e professores, para verificar sua satisfação. Isso pode ser um bom termômetro.
No entanto, a primeira informação ? e a mais importante ? que você deve coletar sobre a faculdade é se ela está credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) para oferecer o curso de Fisioterapia. É o aval do MEC que confere validade nacional ao seu diploma, condição imprescindível para obter registro no CREFITO e, consequentemente, poder exercer a profissão legalmente.
Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer o curso de Fisioterapia:
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
- Universidade Estácio de Sá (UNESA)
- Centro Universitário UNISEB (UNISEB-Estácio)
- Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
- Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
- Universidade de Franca (UNIFRAN)
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
- Faculdade Unime (UNIME) ? na Bahia
- Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS) ? em Minas Gerais
- Centro Universitário UNIBTA
Veja também:
Quanto ganha um fisioterapeuta?
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